Mergulhadores fazem buscas em açude e não encontram faca usada no assassinato de vereadora de Formigueiro

A Polícia Civil segue com as investigações sobre o assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos,49 anos, cometido no dia 16 de junho, em Formigueiro. Nesta quarta-feira (25), foram feitas buscas na localidade de Rincão dos Machados pela arma do crime, uma faca, pelo aparelho celular roubado da vítima, além das roupas usadas pelo suspeito no momento do fato.

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Segundo informações divulgadas pela página Formigueiro Real, o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, titular da DP do município, afirmou que as buscas se concentram em um açude na localidade, local onde o autor confesso do crime teria afirmado, em depoimento, que supostamente jogou os itens após matar a vereadora.

– O processo é bem demorado, pois precisamos cruzar dados e ouvir pessoas. Para estabelecer a prova com veracidade que o caso exige, precisamos fazer as coisas com calma para não cometer erros – disse Firmino.

No açude, mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Santa Maria fizeram a procura por mais de três horas, mas nada encontraram.

Relembre o caso

A Polícia Civil divulgou, em coletiva de imprensa na tarde da última sexta-feira (20), que a vereadora Elisane Rodrigues dos Santos teria sido assassinada devido a uma suposta dívida do filho com uma facção criminosa de Formigueiro. O suspeito do crime, de 18 anos, está preso e confessou que agiu a mando do grupo. A identidade dele não foi revelada.

Elisane foi morta por volta de 21h30min da última segunda-feira (16). O corpo foi encontrado somente na manhã seguinte ao lado da sua caminhonete na Localidade de Rincão dos Machados.  

Segundo o delegado de Formigueiro, Antonio Firmino Neto, o jovem disse que executou a vereadora a mando do líder da facção. O motivo teria sido uma suposta dívida de drogas do filho da vereadora com o grupo criminoso. O valor devido não foi informado. A motocicleta do suspeito foi apreendida na sexta-feira e passou por perícia para identificar possíveis marcas de sangue. 

De acordo com o delegado regional da Polícia Civil Sandro Meinerz, o jovem que confessou a autoria do crime não teria informado tudo que sabia à polícia. Segundo a investigação, há pontos a serem confirmados e esclarecidos em relação ao crime, que chocou os 6,5 mil moradores do município. 

Conforme Meinerz, o jovem é suspeito de praticar furto de gado (abigeato), e possivelmente estaria ofertando carnes de origem ilegal, por isso mais baratas. Os investigadores querem saber se de fato isso ocorreu. Para tanto, estão sendo analisadas conversas de WhatsApp entre o suspeito e a vereadora.

 
Conforme a versão do jovem, o crime teria como motivação o tráfico de drogas. Ele teria sido contratado por uma facção criminosa para matar a vereadora como vingança contra o filho dela, que teria dívida de drogas com esse grupo. Agora, a missão da polícia é verificar as diferentes versões e confirmar qual a real. O principal alvo é identificar o suposto mandante do assassinato, que seria o líder da facção. 

​O inquérito tem duração de 10 dias, a contar de 20 de junho, para ser concluído. O prazo, porém, poderá ser prorrogado.